Na literatura, são poucos os estudos referentes ao treinamento dos
atletas no judô, mesmo sendo uma modalidade olímpica (Callister et al.,1990
apud Franchini, 2001).
Segundo FRANCHINI, (2001) O treinamento envolve vários aspectos
sendo eles: psicológicos, técnicos, táticos e fisiológicos.
Para realizar um treinamento físico é preciso seguir alguns
princípios segundo McArdle et al.,(1991) apud Franchini, (2001,p.196). Segue 4
princípios abaixo:
Princípio da sobrecarga: ao aplicar uma sobrecarga
o organismo sobre algumas adaptações.
Princípio da especificidade: as adaptações adquiridas
com esse princípio vai depender da intensidade, frequência e o tipo de
exercício.
Princípio das diferenças individuais: a aplicação do mesmo
exercício para dois indivíduos ou mais, é respondido de maneira diferente,
pois, cada organismo interpreta de maneira diferente.
Princípio da reversibilidade: independente do
tempo que o indivíduo praticou e/ou treinou uma determinada
modalidade, as adaptações adquiridas, são perdidas com o passar do tempo.
Para melhorar o desempenho no judô, algumas capacidades motoras
são de grande importância sendo elas: capacidade e potência anaeróbias,
capacidade e potência aeróbias e força (isométrica e dinâmica) Franchini (pg.
197, 2001)
A periodização do treinamento no judô, segundo Gil’ad (1998), apud
Franchini, (2001, p.208) a experiência tem levado a Periodização Dupla a que se
referem aos seguintes períodos: Período Preparatório 1, Período Competitivo 1,
logo após segue a mesma sequencia Período Preparatório 2 e Período Competitivo
2, e para finalizar um Período básico de Transição. Esse tipo de periodização
de treinamento tem como objetivo manter o pico de performance do atleta.
Para realizar uma periodização de treinamento para o judô, é
interessante realizar uma avaliação e testes das principais variáveis
envolvidas nesse esporte, pois assim, o planejamento pode ser programado com
sucesso e garantir bons resultados na competição.
Special
Judo Fitness Test
Sterkowicz
(1997, citado por FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e colaboradores, 2001) propôs um
teste específico para o judô de caráter intermitente, com a utilização da
técnica ippon-seoinaguê.
O
teste segue o seguinte protocolo: dois judocas (ukes) de estatura e massa
corporal semelhante (mesma categoria) à do executante são posicionados a seis
metros de distância um do outro, enquanto o executante do teste (tori) fica a
três metros de distância dos judocas que serão arremessados. O teste é dividido
em três períodos: 15s (A), 30s (B) e 30s (C), com intervalos de 10s entre os
mesmos (FRANCHINI, 2001 e FRANCHINI e colaboradores, 2001).
Durante
cada um dos períodos, o executante arremessa os parceiros, utilizando a técnica
ippon-seoi-naguê o maior número de vezes possível. Imediatamente após e 1
minuto após o final do teste é verificada a freqüência cardíaca do atleta. Os
arremessos são somados e o índice abaixo é calculado (FRANCHINI, 2001 e
FRANCHINI e colaboradores, 2001):
Quanto
melhor o desempenho no teste, menor o valor do índice (FRANCHINI, 2001 e
FRANCHINI e colaboradores, 2001). A
Figura 6 apresenta o esquema do teste:
O teste tem sido utilizado em diversos países para
diagnosticar o estado de treinamento do atleta bem como para auxiliar na
planificação e prescrição do treinamento (FRANCHINI, 2001).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FRANCHINI, Emerson. Judô, Desempenho Competitivo. São
Paulo. Manole, 2001.
Segue alguns links de artigos referentes ao treinamento do
judô:
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